1 A impressão formal
que o local destinado ao centro escolar produz e nos pareceu interessante
explorar corresponde a uma ‘horizontalização’ espacial do programa e que
coincide com um conjunto de normativas funcionais referidas no caderno de
encargos do concurso.
_O programa do
centro escolar prevê uma escola básica do tipo 1, um jardim infantil e diversas
valências em espaços exteriores que, no seu conjunto deverão ocupar a parcela -
povoada por pinheiros bravos - inscrita num vasto território de origem dunar.
Uma parte da área destinada ao centro escolar integra a Estrutura Ecológica
Municipal e é área ‘non aedificandi’.
_Adjacente à área
de intervenção existe um colégio que utiliza a tipologia pátio/claustro num dos
seus edifícios.
2 A escola que se
propõe apropriou-se dessa tipologia espacial reconhecível e moldou-a às
necessidades programáticas e condicionantes em causa desdobrando-se em dois
pátios-recreio relacionáveis com o recreio coberto provocado pelo volume
destinado à biblioteca. O edifício espraiou-se na parcela de modo a preservar a
área de reserva ecológica e o conjunto mais interessante de pinheiros. Estes
espaços exteriores constituem a ‘horta pedagógica’ e o ‘espaço radical’. A
poente da parcela estabeleceram-se os espaços dedicados aos desportos de
interior e exterior e uma sala para refeições e festas.
_O sistema
construtivo interpreta um modo de construir endógeno (o abobe) otimizado com
estruturas de madeira. Os sombreamentos pelo exterior com geometria variável e
as ventilações naturais reguláveis permitem reduzir o dimensionamento e os
custos dos sistemas eletromecânicos de climatização e ventilação.
_O desenho destas circunstâncias
produz um edifício no qual compacidade e ecologia de meios utilizar na
construção e no seu desempenho futuro constituem, assim o desejamos, um lugar
didático-pedagógico amigo das pessoas e da arquitetura.